segunda-feira, 13 de junho de 2016

A culpa

O fiasco (mais um) da Seleção Brasileira, eliminada da primeira fase da Copa América, não é culpa apenas do Dunga. Sim, ele é uma besta quadrada, mas nunca deu nenhum vestígio do contrário.

Em 2010, na Copa do Mundo, o Brasil apresentava uma pobreza tática absurda. De lá para cá, Dunga não fez nada de útil, a não ser ser técnico do Internacional de Porto Alegre por meio ano. E só.

A culpa é da cúpula da CBF, que o escolheu quando poderia contratar Pep Guardiola. Teixeira, Marin, Del Nero, Coroné Nunes e qualquer um que os valha.

A culpa é dos péssimos cartolas dos clubes, que dizem amém a tudo o que a CBF determina e não têm coragem de peitar o descomando de quem deveria zelar pelo futebol nacional, porque força para isso têm.

A culpa é de quem escolhe um empresário de jogadores para ser diretor de seleções.



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A culpa é do Eduardo Bandeira de Mello, outrora combativo presidente do Flamengo, que rasgou o discurso por uma boquinha na delegação da Seleção que foi passar vergonha nos Estados Unidos.

A culpa é de quem achou que o 7 a 1 foi resultado de um apagão de oito minutos.

A culpa é da Dona Lúcia.

A culpa é da imprensa, que deveria ser combativa e, salvo raras exceções, não cobra como deveria, não cobre como deveria, não tem vergonha na cara.

A culpa é de quem acredita que o futebol brasileiro é forte, que o Campeonato Brasileiro é de bom nível, que somos o país do futebol.

Não foi o Peru. Não foi o gol com a mão. Não foi um time que só joga relativamente bem até o "treinador" passar instruções e, sempre, fazer segundas etapas bisonhas. Foi também o obtuso treinador que coloca na conta do árbitro a eliminação pelo gol com a mão, mas não se incomodou de não perder para o Equador graças ao árbitro. 

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